segunda-feira, 29 de dezembro de 2014



ÉTICA

O EXISTENCIALISMO É UM HUMANISMO

O existencialismo de Sartre foi inspirado nas obras de Shopenhauer e Nietzche e popularizado nos meados do Século XX, o mais importante princípios do existencialismo são os descritos na obra de J.P Sartre “O Existencialismo é um Humanismo.
Através da obra O Existencialismo é um Humanismo Sartre destaca a liberdade do individuo e a responsabilidade do ser humano, o homem é um ser único e responsável pelos seus atos e pelo seu destino.
Par exercermos a liberdade acima de tudo de termos responsabilidade e isso nos traz certas angustias, pois a liberdade nos leva a fazermos escolhas, na linha do existencialismo destacam-se filósofos importantes como; Kiekeggard, Nietsche, Heiedegger.
Para Sartre liberdade esta na condição de reflexão sobre a própria condição humana, desta condição em viver em comunidade, ou seja, o homem compartilhando do mesmo espaço, das mesmas crenças, dos mesmos objetivos de viver em sociedade.
Sartre declara que se Deus não existe, há pelo menos um ser no qual a existência precede a essência, um se que existe antes pode ser definido em qualquer preceito e esse homem é a realidade humana e esta realidade é construída através da liberdade responsável que o homem manifesta ao escolher sua própria vida, Sartre não discorre por vias religiosas porque não era seu objetivo discutir sobre a existência ou não de Deus.
Em seu ensaio “O Existencialismo é um Humanismo”, Sartre usa como exemplo um objeto fabricado para explicar o princípio de que “a existência precede a essência”:

Consideremos um objeto fabricado, como por exemplo, um livro ou um corta- papel: tal objeto fabricado por um artífice que se inspirou de um corta- papel é ao mesmo tempo um objeto que se produz de uma certa maneira e que, por outro lado, tem uma utilidade definida, e não é possível imaginar um homem que produzisse um corta-papel sem saber para que há de servir tal objeto. Diremos, pois, que, para cada corta-papel, a essência – quer dizer, o conjunto de receita e de características que permitem produzi-lo e defini-lo – precede a existência: e assim a presença, frente a mim, de tal corta-papel está bem determinada. Temos pois uma visão técnica. (SARTRE, 1946: 5)


Como outros filósofos da época Sartre utiliza se sobre o uso do cogito ergo sum de Descartes com o ponto de partida, porém, ao contrário de Descartes acreditava que a consciência nos apresenta a realidade das coisas externas.

Ao afirmar que o homem escolhe a si próprio, ele quer dizer que o homem se escolhe e que também diz que escolhendo se escolhe a todos os homens, escolher diversas formas nunca podemos escolher o mal, e o que escolhemos é sempre o bem e tudo que é bom para nós será o bem para todos.

[...]” Numa dimensão mais individual, se quero casar-me, ter filhos, ainda que o casamento dependa exclusivamente de minha situação, ou de minha paixão, ou de meu desejo, escolhendo o casamento estou engajando não apenas em mim mesmo, mas a toda a humanidade, na trilhada monogamia. Sou deste modo, responsável por mim mesmo e por todos e crio determinada imagem do homem por mim mesmo escolhido; por outras palavras: escolhendo me, escolho o homem”. (Sartre, Pag. 05)

Para Sartre o homem esta por se fazer, partindo do principio que Deus não existe o homem é levado à condição principal criando sua própria existência, para Sartre o homem ao nascer não é nada e gradativamente será algo e será aquilo que fizer de si mesmo, através dessa via o homem vai se definindo como ser e com esse principio originas se a angustia, o desamparo, e o desespero.
O aprendizado que retiramos dessa obra pode se dizer que o homem é responsável pelos seus atos a medida que vive sua liberdade, e será ético a medida que levar essa liberdade ao outro, respeitando as condições de igualdade de direitos.

BIBLIOGRAFIAS:

SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um humanismo. Trad. Vergílio Ferreira. São Paulo: Abril Cultural, 1978 [1946]. (Os Pensadores)


Nenhum comentário:

Postar um comentário