ÉTICA
O
EXISTENCIALISMO É UM HUMANISMO
O existencialismo de Sartre foi inspirado nas obras de Shopenhauer e
Nietzche e popularizado nos meados do Século XX, o mais importante
princípios do existencialismo são os descritos na obra de J.P
Sartre “O Existencialismo é um Humanismo.
Através da obra O Existencialismo é um Humanismo Sartre destaca a
liberdade do individuo e a responsabilidade do ser humano, o homem é
um ser único e responsável pelos seus atos e pelo seu destino.
Par exercermos a liberdade acima de tudo de termos responsabilidade e
isso nos traz certas angustias, pois a liberdade nos leva a fazermos
escolhas, na linha do existencialismo destacam-se filósofos
importantes como; Kiekeggard, Nietsche, Heiedegger.
Para Sartre liberdade esta na condição de reflexão sobre a própria
condição humana, desta condição em viver em comunidade, ou seja,
o homem compartilhando do mesmo espaço, das mesmas crenças, dos
mesmos objetivos de viver em sociedade.
Sartre declara que se Deus não existe, há pelo menos um ser no qual
a existência precede a essência, um se que existe antes pode ser
definido em qualquer preceito e esse homem é a realidade humana e
esta realidade é construída através da liberdade responsável que
o homem manifesta ao escolher sua própria vida, Sartre não discorre
por vias religiosas porque não era seu objetivo discutir sobre a
existência ou não de Deus.
Em seu
ensaio “O Existencialismo
é um Humanismo”, Sartre usa como exemplo um objeto
fabricado para explicar o princípio de que “a existência precede
a essência”:
Consideremos
um objeto fabricado, como por exemplo, um livro ou um corta- papel:
tal objeto fabricado por um artífice que se inspirou de um corta-
papel é ao mesmo tempo um objeto que se produz de uma certa maneira
e que, por outro lado, tem uma utilidade definida, e não é possível
imaginar um homem que produzisse um corta-papel sem saber para que há
de servir tal objeto. Diremos, pois, que, para cada corta-papel, a
essência – quer dizer, o conjunto de receita e de características
que permitem produzi-lo e defini-lo – precede a existência: e
assim a presença, frente a mim, de tal corta-papel está bem
determinada. Temos pois uma visão técnica. (SARTRE,
1946: 5)
Como
outros filósofos da época Sartre utiliza se sobre o uso do
cogito ergo sum de Descartes com o ponto de partida, porém, ao
contrário de Descartes acreditava que a consciência nos apresenta a
realidade das coisas externas.
Ao afirmar que o homem escolhe a si próprio, ele quer dizer que o
homem se escolhe e que também diz que escolhendo se escolhe a todos
os homens, escolher diversas formas nunca podemos escolher o mal, e o
que escolhemos é sempre o bem e tudo que é bom para nós será o
bem para todos.
[...]” Numa dimensão mais individual, se quero
casar-me, ter filhos, ainda que o casamento dependa exclusivamente de
minha situação, ou de minha paixão, ou de meu desejo, escolhendo o
casamento estou engajando não apenas em mim mesmo, mas a toda a
humanidade, na trilhada monogamia. Sou deste modo, responsável por
mim mesmo e por todos e crio determinada imagem do homem por mim
mesmo escolhido; por outras palavras: escolhendo me, escolho o
homem”. (Sartre, Pag. 05)
Para Sartre o homem esta por se fazer, partindo do principio que Deus
não existe o homem é levado à condição principal criando sua
própria existência, para Sartre o homem ao nascer não é nada e
gradativamente será algo e será aquilo que fizer de si mesmo,
através dessa via o homem vai se definindo como ser e com esse
principio originas se a angustia, o desamparo, e o desespero.
O aprendizado que retiramos dessa obra pode se dizer que o homem é
responsável pelos seus atos a medida que vive sua liberdade, e será
ético a medida que levar essa liberdade ao outro, respeitando as
condições de igualdade de direitos.
BIBLIOGRAFIAS:
SARTRE,
Jean-Paul. O
existencialismo é um humanismo.
Trad. Vergílio Ferreira. São Paulo: Abril Cultural, 1978 [1946].
(Os Pensadores)
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