DEFINIÇÃO
FILOSÓFICA DA PESSOA HUMANA
A leitura de MONDIM aprofunda-se mais numa relação de maior
intensidade entre os fatos levantados pelo o autor, tais como os
fatores relativos à cultura, liberdade, ao espírito, a relação
imagem de Deus, e o valores absolutos.
Para o autor de Definição Filosófica da Pessoa Humana
pode-se entender com uma série de condições leva-nos a entender o
homem em sua plenitude com uma analise critica do homem como ser
cultural onde ele através desse processo interage com o mundo em que
vive.
[...] Grande parte do que nós possuímos e que fazemos desde
criança não é fruto da naturcía, mas sim da cultura. Essa é a
característica mais destacável, aquela que mais distingue o homem
dos animais e das plantas (MONDIM). É pelo processo cultural que o
homem se aproxima uns dos outros, que muda essencialmente o mundo que
o cerca, ora transformando em um mundo melhor, ora transformando em
um mundo pior, mais sempre com a intenção de muda-lo para uma
sociedade mais feliz. Ainda colocando o pensamento do autor “sem
cultura não é possível existir nem a pessoa individualmente, nem o
grupo social”.
Através da relação do homem em busca da Liberdade sabemos que o
homem nasce livre e através da condição deste com a sociedade vai
se comprometendo com o mundo e obrigatoriamente se afastando da
condição de liberdade sendo determinado pelo aspectos da sociedade
em que vive o que fica é a liberdade do intelecto, do conhecimento e
da vontade.
[...] “Na liberdade confluem as melhores energias do homem, que são
o conhecimento e a vontade. O ato livre não é um ato cego,
instintivo, mas é um ato de vontade iluminada pela razão. “Como
disse São Tomás: o ato livre requer duas condições; o consilium
ou o judicium que cabe ao intelecto e a electio, escolha, que
pertence a verdade”.(MONDIN).
Outra condição explorada refere-se a condição do espírito, esta
condição é a que difere o homem dos demais animas e do reino
vegetal esta é a condição que faz do homem aquele que tem a
capacidade de interferir e mudar o que esta a sua volta nesse
aspecto.
[...]
Da
espiritualidade do ser profundo do homem a que costumamos dar o nome
de anima, existem muitos indícios: a autoconsciência, a reflexão,
contemplação, o colóquio, a adoração, a auto transcendência
etc.. (MONDIN) para o autor o espírito só espírito se é livre.
Radhacrishnan,
máximo filósofo indiano do século XX, escreveu:
O verdadeiro humanismo nos ensina que existe no homem
alguma coisa de maior do que aquilo que aparece à sua consciência
ordinária, algo que gera ideias e pensamentos, uma presença
espiritual mais sutil, que o torna insatisfeito de suas conquistas
puramente terrenas (apud MONDIN).
A imagem de Deus “ O Homem é teomorfo” esses
ensinamentos partem dos Padres da Igreja Escolástica seguindo as
ideia de Platão e levada para Igreja Cristã através de Boaventura
e São Tomás, onde trás que o homem é a imagem e semelhança de
Deus definindo o homem é um projeto uma obra acabada, sendo a maior
obra de arte onde não encontra semelhança nos animais, nas plantas
e nem mesmo nos astros.
[...]” O modelo, sobre o qual o homem deve decalcar o
desenho da sua própria personalidade, não pode encontrá-lo nas
criaturas inferiores: nem nas plantas, nem nos animais, nem nos
astros. Nem mesmo no melhor dos outros homens, porque por mais que
possa ser bom, inteligente, sábio, forte, santo, os homens são
sempre dotados de uma humanidade imperfeita. De resto, a humanidade
primitiva não pode avaliar-se pela exemplaridade de nenhum outro ser
humano. O único modelo adequado à inspiração de infinitude do
homem, encontra-se inscrito na própria espiritualidade”.
Valores absolutos, o homem a partir deste prisma é
visto através da sua dignidade de seu caráter, ou seja, de seus
valores esta condições que nos coloca o autor sobre o ser humano
inserido no conceito de valores absolutos.
[...] A interpretação teocêntrica
e teomórfica da
realidade humana é a única capaz de explicar e fundar o valor
absoluto da pessoa. Porque, com efeito, não se compreende, nem se
sustenta, o valor absoluto da pessoa humana até que não se alcance
a sua fonte, o Absoluto Valor. Ele é o valor que valoriza e que
consagra definitivamente, para a eternidade, o absoluto valor homem.
De outro lado, afirmar que o homem é um valor absoluto e reconhecer
nele valores absolutos (verdade, bondade, justiça, sabedoria, amor
etc.) como ideais que se realizam, sem admitir o Valor primeiro
subsistente, é um admitir, contraditoriamente, o divino sem Deus.
(MONDIN).
[...] Infelizmente o homem, em nome da liberdade, submeteu-se à necessidade e ao consumo desenfreado. Essa autolimitação deformou seu humanismo, que o elevava por cima das coisas.
Através dos conceitos analisados relativos à cultura,
liberdade, ao espírito, a relação imagem de Deus, e o valores
absolutos onde colocamos (verdade, bondade, justiça, sabedoria,
amor). O ser humano só pode ser considerado um ser humano
verdadeiro, quando permite que essas condições de valores façam
parte do se cotidiano, principalmente no que diz respeito ao amor ao
próximo e se colocar sempre no lugar do outro quando da tomada de
uma decisão.
Porém muito nos entristece quando vemos o homem dominado pelas
mazelas do mundo contemporâneo onde só o consumismo interessa, não
tendo olhos para as belezas dos conceitos aqui colocados.
BIBLIOGRAFIAS:
MONDIN,
Battista, Definição Filosófica da Pessoa Humana ,
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