LÓGICA
E CONHECIMENTO
O matemático, Bertrand Russell (1872-1970)
foi autor de uma das obras mais intrincadas do século XX Durante a
maior parte da vida, ele escreveu e publicou um grande número de
livros de divulgação científica entre eles um guia da Teoria da
Relatividade, do físico Albert Einstein, e uma história da
Filosofia ocidental. Além disso, tornou-se um conhecido através do
pensamento lógico aplicado a educação.
Russel defendia o valor do conhecimento por si
mesmo tendo com base a ideia de que ele se faz se presente na
constituição do individuo e isso faz com que modifique a relação
com o mundo
Em Ensaio em Lógica e Conhecimento
Russell diz; [...] “Entendo por "expressão denotativa"
qualquer uma das seguintes expressões: um homem, algum homem,
qualquer homem, cada homem, todos os homens, o atual rei da
Inglaterra, o atual rei da França, o centro de massa do sistema
solar no primeiro instante do século XX, a revolução da Terra ao
redor do Sol, a revolução do Sol ao redor da Terra. Por
conseguinte, uma expressão é denotativa unicamente devido a sua
forma” (REALE, ANTISSERI, 2005).
A lógica Aristotélica não era plenamente
formal, apresentava indiferença aos conteúdos e preposições e à
operações intelectuais do conhecimento. Na lógica Contemporânea
procura tornar-se puramente simbolismo do tipo matemático
[...] “Assim, como o matemático
lida com objetos que foram construídos pelas próprias operações
matemáticas, de acordo com princípios e regras prefixados e aceitos
por todos, assim também o lógico elabora os símbolos e as
operações que constituem o objeto lógico por excelência, a
proposição. O lógico indaga que forma deve
possuir uma proposição para que:
a) seja-lhe atribuída o valor de
verdade ou falsidade;
b) represente a forma do
pensamento; e
c) represente a relação entre
pensamento, linguagem e realidade” (CHAUI, 2000).
Russel define três casos para expressão
denotativa:
1) Uma expressão pode ser denotativa e,
todavia, não denotar nada; por exemplo, “o atual rei da França”.
2) Uma expressão pode denotar um objeto
definido; por exemplo, “o atual rei da Inglaterra” denota um
certo homem.
3) Uma expressão pode denotar de maneira
ambígua; por exemplo, “um homem” não denota muitos homens, mas
um homem ambíguo. A interpretação de tais expressões é um
assunto de considerável dificuldade; com efeito, é muito difícil
construir qualquer teoria não suscetível de refutação formal.
Todas as dificuldades de que tenho conhecimento.
Podemos encontra as referencias aos conceitos
donativos quando Russel define que:
[...] Os, conceitos denotativos
também pretendem explicar o funcionamento dos quantificadores.
Assim, um outro uso da detonação estaria, por exemplo, na
preposição “encontrei um homem”, que não fala sobre o
conceito "um homem", mas sobre um indivíduo particular que
realmente encontrei, como um objeto que é denotado sem ambiguidade
por esse conceito e não é constituinte da proposição. Os
conceitos denotativos são, pois, os constituintes de proposições
que falam sobre objetos que, por alguma razão, não são ou não
podem ser seus constituintes. Essas proposições falam indiretamente
sobre esses objetos denotados, pois falam
deles por intermédio de conceitos denotativos, que são seus
constituintes. Esses objetos podem abranger o singular e o plural, e
mesmo ser ambiguamente denotados. Russell vai admitir que o objeto
denotado por "algum homem" pode revelar-se paradoxal, em
cuja determinação está envolvida toda a raça humana, que existiu,
existe e existirá. (RUSSELL, Pesadores, 1ª Ed.).
[...] Suponhamos agora, que queiramos
interpretar a proposição “eu encontrei um homem”. Se isto for
verdade, encontrei algum homem definido; mas se isto não é o que
afirmo. O que afirmo é, de acordo com a teoria que defendo:
“’Eu encontrei x, e x é humano’ não é
sempre falsa”.
Geralmente, definindo a classe dos homens como
classe de objetos que tem o predicado humano, dizemos que:
“C(um homem)” significa “’C(x) e x é
humano’ nem sempre é falsa”. Isto deixa “um homem”, por si
própria, completamente destituída de significado, mas atribui um
significado a cada proposição em cuja expressão verbal “um
homem” ocorra. (RUSSELL, Pensadores, 1ª Ed.)
Russell liberta-se do idealismo, diz o
filosofo que leu Kant e Hegel bem como leu a lógica de Bradley, o
qual foi fortemente influenciado. Durante alguns anos foi discípulo
de Bradley, porém, mudou seus pontos de vista devido as
argumentações de Moore. Bradley sustentava que qualquer coisa que o
senso comum crê é mera aparência. Russell e Moore passam para o
extremo oposto , passam a pensar que é real qualquer coisa que o
senso comum, não influenciado pela religião e filosofia supõe que
seja real.
[...] Com a sensação de escapar de uma
prisão, nos permitimos que o sol e as estrelas existiriam ainda que
ninguém tivesse consciência de sua existência. [...] E foi assim
que o mundo que até então fora sutil e lógico, de repente tornou
se rico, variado e sólido. (REALE, ANTISSERI, pag. 296)
BIBLIOGRAFIAS:
CHAUI, Marilena, Convite a Filosofia, Ed. Ática, SP, 2000.
REALE,
G, ANTISSERI, D, História da Filosofia V5, Ed. Paulus, SP, 2005
Corrêa Moreira, Mestre
Lógica e Metafísica UFRJ
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