Autor: Wagner M. Passos
O Objetivo principal
deste pequeno artigo é mostrar o quanto a maçonaria influenciou o
movimento Iluminista o qual entendo como uns dos maiores momentos da
história mundial ancorado na Liberdade, Igualdade e Fraternidade
entre os povos.
[...] O iluminismo é a filosofia hegemônica da Europa
no século XVIII. Inserindo- se em tradições diversas e não
formando um sistema compacto de doutrinas, o iluminismo se configura
como um articulado movimento filosófico, pedagógico e político que
captura progressivamente as classes cultas e a burguesia em ascensão
nos diversos países europeus. A característica fundamental do
movimento iluminista consiste em uma decidida confiança na razão
humana, cujo desenvolvimento é visto como o progresso da humanidade,
e em um desinibido uso crítico da razão dirigido:
a) a 1ibertagaçãoo em relação aos dogmas
metafísicos, aos pré-conceitos morais, as superstições
religiosas, as relações desumanas o entre os homens, as tiranias
políticas;
b) à defesa do conhecimento cientifico e técnico e dos
inalienáveis direitos naturais do homem e do cidadão. (REALE,
ANTISERI pag. 219)
A
Maçonaria foi um veiculo eficaz do Iluminismo, surgida em Londres em
1717, logo virou moda na Europa, foram maçons Goethe e Mozart,
Voltaire e Diderot, Franklin e Casanova. A primeira maçonaria
londrina correspondeu às exigências de paz e tolerância de uma
Inglaterra recém-saída de profundos contrastes políticos e
religiosos. Já a maçonaria do mundo latino mostrou-se mais
agressiva e anticlerical. E, no entanto, ela se desenvolveu
baseando-se em princípios profundamente iluministas, como a fim da
dogmática em um Deus único (foram precisamente os iluministas que
difundiram a rejeição pelo termo "dogma"), a educação
da humanidade, a amizade tolerante entre homens de culturas diversas.
As primeiras Constituições da Maçonaria, publicadas por James
Anderson em 1723, declaravam que um maçom tem a obrigação que, em
virtude do seu titulo, de obedecer a lei moral; e, se bem compreender
a arte, nunca será um estúpido ateu, nem um libertino sem
religião". Mas acrescentava: "Nos tempos antigos, os
maçons (quer dizer, os pedreiros medievais, pertencentes as
corporações de oficio) eram obrigados em cada pais a professar a
religião de sua pátria ou naquela, qualquer que fosse. Mas hoje,
deixando-os com suas opiniões particulares, é mais adequado seguir
a religião sobre a qual todos os homens estão de acordo: “ela
consiste em serem bons, sinceros, modestos e pessoas de honra,
qualquer que seja o credo que os distingue”. A Igreja logo condenou
a maçonaria (1738), nela percebendo a rejeição daquelas
proposições dogmáticas (entendidas como verdades de fé) que
considerava básicas para o cristianismo. Entretanto, a condenação
papal teve êxito apenas limitado. (REALE, ANTISERI PG 254,255).
François
Marie Arouet – conhecido como Voltaire teve enorme valor no
iluminismo, escritor, ensaísta, deísta, filósofo e iluminista
Frances, nasceu eu 21/11/1694 e faleceu em 30/05/1778, figura
extremamente controversa e um anticristão fervoroso.
Ficou
conhecido pelas suas ideias de liberdades civis, inclusive pela
liberdade religiosa e livre comércio, um dos pensadores de relevada
importância nas Revoluções Francesa e Americana.
Foi
iniciado na Maçonaria em 07/03/1778 mesmo ano de sua morte, numa das
cerimônias mais brilhantes da história maçônica mundial, na loja
Les Neuf Soeurs em Paris, foi iniciado o octogenário Voltaire
apoiado pelos braços de Benjamim Franklim, atual embaixador dos EUA
na França nesta data. Esta seção foi dirigida pelo então
Venerável Mestre Lalande na presença de 250 irmãos. O venerável
ancião, orgulho da Europa foi revestido com o avental que pertenceu
a Helvetius e que fora cedido pela sua viúva.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Voltaire)
[...]
“Les Neuf Soeurs ( As nove Irmãs) Loja Maçônica francesa GOF em
Paris, Foi fundada em 1776 por Jérôme de Lalande, teve grande
influencia na organização do apoio Frances à Revolução
Americana”.
Claude
Adrien Helvétius 26/02/1715 a 26/12/1771 filosofo e literato
Frances.
Anticlericalismo
publicou o livro Obra filosófica Do Espírito, devido
sobretudo ao seu anticlericalismo, o livro foi condenado por
uma carta
apostólica do papa Clemente XIII em 1759, com isso Helvétius
resolveu nada mais
publicar.
Benjamim
Franklim, nascido em Boston 17/01/1706 e falecido em Filadélfia em
17/04/1790, foi jornalista, edito, autor, filantropo, abolicionista,
funcionário público, diplomata, inventor.
Voltaire
não duvidava da existência de Deus e considerava o como o grande
engenheiro; que idealizou, criou e regulou o denominado mundo, para
ele Deus criou e ordenou o universo, porém, a história é assunto
dos homens. Nisto fica claro o conceito deísta de Voltaire, alguém
que admite a ideia de Deus, mais não concorda com aquele Deus que
pune, favorece e perdoa. Em virtude desta posição, condena o
ateísmo e considera um monstro muito perigoso.
Para
o deísta a existência de Deus não se baseia na fé, e sim no
resultado da razão, enquanto que a fé e superstição que vai alem
da adoração de um ser supremo (RELAE, ANTISERI, pag. 255)
[...]
Deísmo, era uma crença popular da época, uma filosofia religiosa
que afirma que existe um Deus que é uma entidade impessoal, não
sendo controladora, detalhista e frequentemente perverso, Deus
Cristão.
Voltaire
acreditava em Deus e proclamou “Se Deus não existe seria
necessário inventa-lo, porem, toda natureza proclama que ele
existe”(RELAE, ANTISERI, pag. 255)
Bibliografia;
REALE Giovanni,
ANTISERI Dario, Historia da Filosofia V.4 Ed. Paulus, SP, 2005
MANNIO, James, O
Livro completo da Filosofia Ed. Madras, SP, 2008.
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